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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Análise - Resident Evil 7

Depois da má recepção que Resident Evil 6 recebeu em seu lançamento, o próximo jogo da série precisava analisar as falhas de seu antecessor e traçar um caminho novo para o futuro. Resident Evil 7 biohazard é a tentativa da Capcom de inovar como o quarto jogo da série fez e trazer a série de volta as raízes, porém, o esforço resultou em um jogo realmente bom?

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RE7 coloca os jogadores na pele de Ethan Winters, um protagonista civil, diferente dos outros protagonistas da série que vieram de um fundo policial. Ethan recebe uma mensagem de sua esposa desaparecida Mia, e se dirige para a cidade de Dulvey, na Louisiana, onde acaba por se envolver com os Bakers, uma família de fazendeiros que foi vítima de alguma infecção.

Os gráficos são aceitáveis, não é nada muito bonito, exceto por alguns personagens como Mia. Mas em um mundo onde temos gráficos como Final Fantasy XV e Bloodborne, Resident Evil 7 acaba por ficar apagado.
Elementos possivelmente escaneados em 3D aparecem com um bom nível de detalhe, porém, isso não se mantém para todos os objetos do jogo. Não é um jogo totalmente feio, porém não pode ser classificado como um marco gráfico.

O design de som do jogo é bom. É possível escutar os inimigos andando pela casa e isso aumenta muito a tensão, barulhos no ambiente e músicas bem colocadas, como da safe room, fazem de RE7 um dos jogos com melhor design de som dos últimos anos.


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O gameplay já inicia se diferenciado do anterior pela sua câmera. Resident Evil 7 é um jogo em primeira pessoa, possivelmente para modernizar a sensação causada pelas câmeras fixas dos primeiros jogos e possibilitar a imersão em Realidade Virtual. Outra notável influência para a escolha da câmera é o sucesso de jogos como Outlast, P.T e Alien Isolation.
Mas nem só de modernidade é que Resident Evil 7 se baseia. Há diversos elementos clássicos de volta. Gerenciamento de inventário, níveis de vida indicado por cores e backtracking pelo ambiente para resolver puzzles e prosseguir.
Em respeito a jogabilidade de armas, combate corporal, não há nada de muito inovador.

Como citado anteriormente no texto, os antagonistas dos jogos são os membros da família Baker. Jack, Marguerite e Lucas compõe o núcleo principal da família e o jogo pode ser dividido por estágios onde cada um é o vilão.
Após uma pequena parte introdutória para questões de jogabilidade e história, temos a parte "Jack" do jogo. Jack, o pai de família, age de maneira parecida com o Alien de Isolation, aparecendo em momentos aleatórios para perseguir o jogador, não podendo ser derrotado, somente derrubado por alguns instantes, também é possível fugir ao invés de enfrenta-lo.
Durante a sessão com Jack é que o jogo parece mais um Resident Evil. Apesar das novas mecânicas de perseguição, a sessão da casa principal dos Bakers é como os jogos da série clássica:Safe rooms, chaves específicas para abrir portas, puzzles e exploração de cenário. Os encontros com Jack são hilários, o personagem é muito bem escrito e encontrá-lo é assustador ao mesmo tempo que é divertido. A primeira sessão do jogo é excelente, porém o mesmo não pode ser dito para o resto.


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Marguerite Baker faz parte da segunda "fase" do jogo. Novamente, o jogo remete aos clássicos Resident Evil, nesse caso, a parte da Guardhouse. Há insetos, lança-chamas e a própria velha louca para atrapalhar o jogador. Porém, a partir disso, RE7 sofre de um péssimo level design. Muitas vezes fazemos coisas repetidas em espaço pequeno, simplesmente porque sim, o que, ao menos para mim, gerou dor de cabeças e estresse desnecessário. Apesar do design horrível, a parte ainda diverte e tem uma ótima luta com chefe.

A terceira parte do jogo fica por conta de Lucas Baker. Aqui temos uma mudança no que havia nas partes anteriores. Não há ninguém te perseguindo, e o foco fica por conta de puzzles, em sua maioria simples. Aqui, apesar de um dos puzzles mais divertido da série,fica escrachado a falta de vontade, ou competência da Capcom de manter o nível do começo do jogo. Muitas vezes só andamos por corredores enfrentando Mofados, o outro tipo de inimigo do jogo, e nem as referências a Resident Evil 4 salvam a sessão de cair no tédio.

Por fim, o jogo ainda tem duas outras sessões, sobre a qual não especificarei por questões de spoilers, porém, posso dizer que estão longe da qualidade que o jogo tinha em seu inicio com o Jack. O time de desenvolvimento simplesmente parou de ter boas ideias e criou um jogo inconsistente. As duas ultimas sessões do jogo não passam simplesmente de um level com Mofados que você já enfrentou o jogo inteiro, espalhados para atrapalhar. O final do jogo não me divertiu nem um pouco, parecia que estava jogando somente para terminar. A qualidade que o jogo me apresentara nas primeiras horas de gameplay, aqui já não existe mais, sendo trocada por algo que remete a Resident Evil Revelations (1 & 2) sem criatividade alguma.


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Por falar em Mofados, aqui temos um dos maiores problemas do jogo: A falta na variedade de inimigos. Há basicamente quatro tipo de Mofados: o convencional, o bombado, o "licker" e o que se arrasta e só. O jogo fica alternando durante toda a sua extensão entre esses poucos inimigos, o que acaba ficando tedioso muito rápido. Encontro com Mofados acabam ficando tediosos, você sempre sabe o que esperar, como agir, o que fazer. Esse é um problema herdado de Revelations 2 e que poderia ter sido facilmente resolvido.
Ah e aqui coloco um adendo pessoal, como game designer. Não adianta dizer "Ah, o Resident Evil original só tinha zumbi, cachorro e Hunters". Até esses três tem mais variedades do que o encontrado em RE7, e jogos evoluem. Não queremos o padrão de 20 anos atrás. Até o próprio REmake adicionou mais variedade com os Crimsom Heads e Lisa Trevor. Ficar em um padrão tão ultrapassado, após o revolucionário Resident Evil 4, considerado (até por mim), um dos melhores jogos já feitos, é certamente um ponto ruim. Para a sequência, a Capcom deveria analisar todos os jogos da série e ver o que os faz tão especial, apesar de críticas, RE5 segue a estrutura do seu antecessor e consegue manter um padrão de ótimo jogo, sempre trazendo algo novo. Resident Evil 6, apesar de suas falhas, também sempre inova a cada parte e RE7 fica na mesmice até o final. Decepcionante.

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E por falar em decepção, as tão faladas fitas de vídeo na campanha de marketing, são quase inexistentes. Ao todo são quatro fitas, das quais duas já haviam sido liberadas em demos. As duas outras restantes, são mais interessantes que as mostradas ao público, porém a sensação de que poderia ter sido algo mais, melhor explorado continua.

RE7 é uma tentativa da Capcom de fazer um soft reboot, com poucas referências a história dos jogos antigos, modernizando elementos que fizeram sucesso e utilizando de experiências que deram certo com jogos de terror moderno. Porém o resultado é algo parecido com Star Wars O Despertar da Força. Algo que se baseia demais em seu passado e não entrega algo que agrada a todos. Assim como o maior blockbuster de 2015, RE7 ecoa no primeiro da série em questão de estrutura, porém, repetindo, assim como o blockbuster de 2015, não entrega uma experiência satisfatória por si próprio.

Uma crítica pessoal que eu tenho, para uma última parte da análise, é a vontade da Capcom em tirar o Japão de Resident Evil. O jogo é o primeiro escrito por um americano e até os personagens foram modelados de uma maneira mais americanizada se comparado com o jogo anterior, e para mim, isso é algo muito ruim.
Resident Evil fez sucesso por ser um produto japonês que gera uma visão do americano. Assim como os irmãos fazem com GTA, um jogo feito na Escócia, que retrata o povo americano, RE é uma série que retrata a América, vista por japoneses e isso faz o "feeling" do jogo. RE 1-6 mudaram em jogabilidade, gráficos e etc. Porém todos tinham um feeling parecido, que não está em RE7. Apesar do jogo ser todo construído para trazer a sensação dos primeiros jogos a tona, ele falha. Ele não parece um Resident Evil. E sim, isso é um ponto muito negativo.

Resident Evil 7 biohazard não é um jogo ruim, muito longe disso. Ele é um jogo decente, porém, que falha em carregar toda a qualidade do inicio do jogo, até o final. Questões pessoais me decepcionaram, e apesar da incrível influência de filmes americanos como Evil Dead, Massacre da Serra Elétrica e Halloween, o jogo não consegue trazer o que é necessário para ser um jogo inesquecível. Jogue, passa raiva, se decepcione. RE7 é uma experiência da Capcom, que apesar de não ser ruim, está longe do nível que os cinco primeiros jogos nos entregaram. É um passo em um direção nova e corajosa, mas não creio que é um passo na direção correta.

NOTA FINAL : 6/10

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Análise - The Last of Us

De tempos em tempos surgem promessas, jogos que querem mudar a indústria, trazer um outro olhar para a indústria, mostrar que os games já amadureceram e que eles podem e são melhores que o cinema, que os livros ou outra forma de arte. The Last of Us é um desses, um jogo que vem das mãos da talentosa Naughty Dog, que já entregou a maravilhosa franquia Crash para o mundo e que agora, explora ares mais adultos, mais adultos até que Uncharted, sua outra série "realista."

The Last of Us
Desenvolvedora: Naughty Dog
Lançamento:14 de Junho de 2013
Plataformas:PS3 (Exclusivo)

Apocalipse zumbi, ah, um tema já explorado demais em todas as mídias não é mesmo? Mas o que acontece se você pegar esse tema e dar o seu próprio toque e criar coisas únicas? TLU aposta nisso.
Os zumbis são causados por um fungo chamado Cordyceps, que ataca o cérebro do hospedeiro, nesse caso, os humanos.O Cordyceps se espalha pelo ar o que o torna ainda mais mortal do que um vírus comum, e não para por aí - O fungo com o passar do tempo causar diversas mutações no hospedeiro, criando inimigos ainda mais mortais, tais como os Clickers (Estaladores).
E é em um mundo desvatado há 20 anos por esse fungo que se passa TLU - Joel, o protagonista, vive em Boston, numa zona de quarentena, um lugar mantido pelo governo que "ajuda" as pessoas a sobreviverem nesse mundo. Sem dar spoilers, eu posso dizer que algo inesperado acontece e o herói cruza seu caminho com Ellie, uma garota de 14 anos e juntos eles tem de cruzar os Estados Unidos... Enfrentando mortos e vivos, muito bem armados.
Há quem diga que o maior trunfo de TLU é a sua história e eu não discordo, é um jornada gostosa e demorada, que vale muito a pena, eu recomendaria jogar com paciência, ir conhecendo as pessoas aos poucos, ir passando um momento por dia, é algo que realmente vale a pena.

Se o game se destaca na história, na jogabilidade ele não é tão inovador assim, claramente baseado na engine de Uncharted, TLU aposta numa fórmula de Stealth+Tiroteio, sendo possível agir das duas formas na maioria das vezes, aliás, um ponto positivo que vale ressaltar é que os cenários são enormes e totalmente exploráveis, isso gera uma jogabilidade não linear, é possível matar um inimigo de diversas maneiras diferentes e em locais diversos, algo bem legal e que eu espero que mais jogos utilizem.
Mas nem tudo é rosas, ainda há a modinha da sétima geração aqui, os murinhos, onde se pega cover e espera um inimigo levantar para poder atirar, entende? Mas nem sempre tudo se resolve na bala, apesar da mecânica de tiro ser bem variada fazendo machucados diversos e mortes grotescas (Além de que, Joel pode tremer muito a mira em um momento de ação, outro ponto positivo) também é possível resolver as coisas na porrada, algumas vezes pode até ser mais fácil, mas em outras você simplesmente será trucidado se tentar socar um Estalador.
É possível mixar itens e armas, não há uma grande variedade dentro do jogo, mas o que está possível lá é bom e variado, também pode-se upgradar Joel achando coletáveis pelo mundo.

Talvez Ellie seja um ponto que deva levar seu próprio parágrafo para ser discutido. - A garota, protagonista da trama, adiciona um outro balanço no game. Ela não atrapalha o jogo como a odiada Ashley de Resident Evil 4, mas, também são poucos os momentos em que ela ajuda, na verdade, qualquer personagem secundário sempre ajuda, fazendo Ellie não se destacar nesse termo.
Na história é que podemos dizer que ela brilha, ela é a conexão entre Joel e o que ele faz, apesar de que eu achei meio mal aproveitada a história dela nascer depois do apocalipse - São poucos os momentos em que ela vai perguntar para Joel como era e para que servia tal coisa, ela simplesmente parece saber de tudo, como alguém que vive o apocalipse desde o inicio, eu particularmente achei isso uma falha ruim, e que poderia ter sido explorada de uma maneira positiva, mas que acabou sendo um mero detalhe.
Por outro lado na história geral, ela cresce e tem um protagonismo elevado, Ellie é uma garota forte e em diversos momentos de gameplay mesmo, você vai ver que ela foi bem programada e age realmente como uma garota de 14 anos, bem convincente, nesse ponto a ND acertou em cheio.

Na parte gráfica, The Last of Us mostra que o PS3 é certamente o console mais poderoso da geração, com gráficos belíssimos , sem exageros, talvez sejam o melhor da geração para algum console.
As modelagens, o sistema de luz, as texturas, está tudo muito belo... Aliás, as texturas são um show a parte - Prédios inteiros são cobertos por alta definição e quase nunca se vê um objeto com menos detalhamento, é tudo belo, como quando você coloca um game no PC com os gráficos no High, e isso é inacreditável.
Mas apesar dos bonitos visuais, TLU sofre com serrilhados em objetos distantes as vezes, não que isso estrague o visual, mas é algo que se nota, pois são serrilhados enormes.

As músicas são compostas por um xará meu - Gustavo Santaolla, e são calmas na maioria das vezes,baseado em toques de violão e música country, mas tudo de uma maneira calma, que vai lhe deixar no clima do game pós-apocaliptico, aliás, as trilhas combinam bem com o personagem Joel.
Um ponto alto é a dublagem em português, a Sony finalmente contratou atores de alta qualidade, Joel, Tess, Tommy são todos dublados de forma esplêndida mas a minha favorita fica com a Ellie... Como não é uma atriz conhecida que faz a voz dela, fez se tornar único, é uma voz doce e que encanta, a menina é convincente e adorável, particularmente, é a minha voz favorita do jogo. 
Olhando de outra maneira, é meio decepcionante as vozes de outros personagens secundários, sem vida e parece que foi lido, e são muuuuitos personagens NPCs secundários e terciários que sofrem com isso, e até alguns importantes, o que pode atrapalhar na versão brasileira.

O jogo vale a pena? Certamente, agora se você vai se divertir ou se emocionar com ele, isso eu não posso prometer, vai de cada um.
Eu gostei muito da jornada que vivenciei, mas já vi muitas outras melhores nos games, e talvez por já ter vivido tantas emoções... Não consegui me emocionar com a história, é claro que é boa, mas o sentimento de viagem, de alcançar algo é mais chamativo que o drama e a felicidade.
Eu demorei a fazer esse review, justamente por isso, eu não sei se eu gostei do jogo ou não, por um lado, eu vi um jogo de zumbis não muito emocionante e até repetitivo, mas por outro vi uma jornada linda e espetacular feita por uma das melhores desenvolvedoras da atualidade.
O que TLU é, fica para você, mas eu não tenho como negar que é um jogo muito bem feito.

Nota: 95

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Análise - Resident Evil Revelations

Um jogo originalmente concebido para o Nintendo 3DS. Resident Evil Revelations ganhou recentemente  uma versão em HD para todos os consoles (E PC), um dos seus principais objetivos e mesclar o novo e o velho no mundo de RE, será que ele conseguiu se sair bem nessa tarefa?

Resident Evil Revelations
Desenvolvedora: Capcom

Plataformas:Xbox 360, PS3 (Versão análisada), PC, Wii U e 3DS.
Lançamento:2013


Todo bom gamer conhece a saga Resident Evil, que em seu principio era uma série de Survival Horror, tinha puzzles e exploração não linear e abusava de arquivos espalhados por salas para contar boa parte da história... Infelizmente tudo isso havia se perdido nos jogos recentes, que cada vez mais trazem ação no centro e fazem o jogador seguir um caminho reto. Os fãs clamavam por um retorno as origens e é para isso que Revelations veio ao mundo.
REvelations traz como cenário o navio Queen Zenobia, totalmente explorável, assim como a mansão do primeiro jogo ou a delegacia do segundo. Todos os outros elementos clássicos também estão ali : Há dezenas de files explicando a história do game, os baús para se guardar e selecionar as armas se fazem presentes novamente e sim, novamente você precisará da Chave X para abrir a porta com a gravura X.

A história se passa entre o quarto e o quinto jogo da franquia. Jill Valentine, já uma agente da BSAA,   recebe informações de que Chris, seu parceiro de muitos anos, está desaparecido e que suas ultimas coordenadas conhecidas foram dentro de um navio chamado Queen Zenobia, que está a deriva no mediterrâneo. Chegando lá Jill e seu parceiro para missão, Parker Luciani, são surpreendidos por uma missão maior do que eles imaginavam. 
O jogo se desenvolve em uma história de espionagem e conspirações, e é divido em capítulo, que nesse jogo em especial são chamados de "episódios", já que REvelations assume uma estrutura de série de TV, o capitulo acontece, e quando vamos para o outro sempre vem uma cutscene com uma frase que já se tornou clássica "Previously on Resident Evil Revelations" - Que faz uma revisão de todo o capitulo passado antes de colocar o jogador na pele de Jill novamente, aliás, não só de Jill, já que essa estrutura de episódios permite mostrar diversos pontos diferentes da trama, no game muitas vezes jogamos partes que são flashbacks ou até flashfowards, com diferentes personagens.
É claro que como o jogo é um spin-off não temos muitas conexões com a série principal, mas isso não desmerece a história do game, que apesar de assumir um papel muito grande com reviravoltas não é nada revolucionária.

A jogabilidade pouco mudou de seus antecessores, a câmera é como em RE5, só que agora há a possibilidade de andar e atirar, além do personagem andar muito mais rápido do que em Resident Evil 6 por exemplo. Só é possível carregar três armas por vez, algo que eu considero bom, pois causa uma racionalização dos recursos, também é limitado o tanto de munição que pode levar consigo, sendo necessário achar pacotes que aumentam a capacidade, falando nas armas, elas não tem muitas variações e vem das clássicas já vistas em RE : Metralhadoras, Rifles, Pistolas, 12zes e Magnuns.
O sistema de vida está diferente, as ervas ainda estão presentes, mas só a verde.Querendo se parecer com os jogos atuais, RE:R não possui uma barra de vida, ao contrário disso só vemos a tela se encher de sangue nos cantos dependendo do dano que se leva, para recuperar a vida é só apertar um botão e utilizar a erva, que também tem seu carregamento limitado a 5 unidades.
Os ataques físicos estão presentes, de maneira menor que RE6 e até mais zoada, pois é possível "carregar" o ataque antes de atingir o inimigo, algo que na minha opinião ficou bem ridículo. A faca é acessada de maneira simples com um só botão e é útil além de ser bem rápida.
A já clássica mira a laser foi substituída por um crosshair que muda de cor quando está apontada para o inimigo, essa mudança não foi ruim, já que a nova também é precisa,mas um ponto negativo é que o game possui mira automática então muitas vezes pressionando só um botão já estamos de frente para o inimigo.
Outra adição é o Gênesis Scanner, com ele é possível scanear locais e achar itens e outros tesouros, mas sinceramente, eu espero nunca mais vê-lo na série... Ô trecozinho que só serve pra encher o saco!

Em questão gráfica o jogo está muito bonito como na sua versão para 3DS, as texturas são bem trabalhadas mas é claro que não chegam ao nível do seu irmão mais velho RE6. Algumas vezes é possível ver texturas esticadas e quadradas por todo o lado e também há alguns serrilhados em partes menores, fora que certos modelos de personagens nem parecem ter sidos retocados da sua versão de 3DS como o de Morgan Landsdale e Clive O'Brian, que aparecem totalmente quadrados e com texturas de baixas definições.
O game possui uma taxa de FPS estáveis e é muito fluído. As cutscenes são um show visual, mas abusam do CG, algo que não foi comum em RE5 e 6. Um dos pontos negativos da parte gráfica é que na tela grande a falta de expressões faciais dos personagens em cutscenes fica bem clara, ainda mais se forem comparadas com a do game lançado em Outubro do ano passado.
No geral o game não é feio, mas poderia ter sido melhor trabalhado pela Capcom em certas texturas. Ele não chega a ser bonito como o 5 e 6, mas dá um show em muitos games lançados recentemente.

Se te falaram que esse game é um retorno ao terror, me desculpe, mas mentiram para você.
Apesar de trazer toda a exploração novamente, e o raciocínio, RE R está longe de ser um game de terror, pois na segunda metade do jogo não temos mais corredores estreitos e monstros te perseguindo, mas sim algo parecido com as partes de laboratórios dos primeiros jogos da série, com mais ação que o convencional. Não que para mim isso seja ruim, mas não, nem de longe este é um game de terror.
Você se verá com um companheiro o tempo todo do jogo, ele sempre estará lá, a menos em certos momentos, mas isso não explica a falta de um cooperativo no modo campanha do jogo. Os personagens estão lá, sempre, acreditem, e não, você não pode ter um amigo para controla-los.
Um dos pontos fortes do jogo é a quebra do controle de Jill para outros personagens, pois isso desestressa um pouco e traz uma abordagem diferente. Com Chris por exemplo, temos trechos de pura ação embalados por uma música que não para, que não são ruins não.

As músicas são boas e tem alguns dos melhores temas da série, você não vai se esquecer tão cedo do tema principal de Resident Evil Revelations ou da musica da batalha contra o chefe final.
Mas na parte sonora não se destacam somente as musicas, todo o trabalho técnico em torno do som superou o do até excelente (Nesse aspecto) RE6, sendo possível notar variações e sentindo bem a profundidade dos sons.

http://www.youtube.com/watch?v=p3QJvEDpsgw

De bônus temos o Raid Mode e o Infernal Mode. No Raid mode temos um mine-game que substitui o já clássico Mercenaries, e olha, apesar de eu ter estado cético no inicio, o RM é muito divertido e certamente vai adicionar muitas horas de jogatina, ainda mais nessa versão, que tem HUNK e Racheal como personagens extras.
Já o Infernal Mode é uma nova dificuldade, colocada para aqueles que adoram um desafio. Nela os inimigos e os itens são gerados aleatoriamente, causando uma experiência mais diferente ainda para o player.

Para finalizar eu gostaria de dizer que Resident Evil Revelations é um ótimo jogo, MUITO divertido, mas que ainda tem muitos erros, e que se esse modelo vai ser levado para a franquia principal ainda é necessário modelar e reescrever. Não que o sistema de capítulos seja ruim ou algo do tipo, mas creio que seria mais interessante se tivéssemos uma só jornada no Queen Zenobia pela fórmula que o jogo foi estruturado.
Apesar de não trazer terror algum, REvelations tenta mesclar o novo e o velho, e certamente, se você for fã da franquia, vai aprovar o resultado, mesmo com a sua trama mirabolante (Que eu achei desnecessariamente conspiratória) e a sua quebra de enredo.
REvelations é um jogo divertido, que deve ser jogado por todos os gamers. Apague as luzes, porque se o horror não te matar, algo mais irá...

Nota : 94

sábado, 2 de março de 2013

Análise - Sleeping Dogs

É sempre fácil fazer um jogo de uma franquia já existente. Mas e quando se decide em fazer algo novo, quais são as chances disso ficar bom? Bem... Só saberemos se ariscarmos , não é mesmo? E Sleeping Dogs foi um desses riscos, mesmo sendo anunciado originalmente como a continuação de uma série já existente, o produto final que ganhamos é algo bem diferente, original e divertido, como irei mostrar nessa análise.
Sleeping Dogs
Desenvolvedora: United Front Games
Distribuidora: Square Enix

Plataformas:Xbox 360, PS3 (Versão análisada), PC.
Lançamento:2012



A história do game foca em Wei Shen, um policial de San Francisco que nasceu e passou sua infância em Hong Kong. Agora depois de anos no Estados Unidos ele volta para sua terra natal em uma missão onde deve se infiltrar na organização Sun On Yee, um grupo dos Triads - A máfia chinesa.Wei deve acabar com essa máfia, ao mesmo tempo que vive em Hong Kong, com seus diversos eventos e encontros.
E agora analisando a história, ela é bem feita e prende o jogador, não contém muitas reviravoltas importantes mas é contada de uma boa maneira, e evoluí progressivamente, sendo bem divertida em alguns pontos.

A jogabilidade é bem variada, no momento de combates temos lutas ao melhor estilo "Batman Arkham Asylum", com a possibilidade de usar armas contra os inimigos a fim de aumentar seu dano, também é possível agarrar seus inimigos e usar objetos do cenário contra ele, como por exemplo aquários ou latas de lixo.A jogabilidade com armas é padrão, com cover e recuperação automática de vida, também é possível usar uma espécie de Bullet time quando pulamos por cima de objetos.
Durante o mundo livre o gameplay é comum, pode-se usar carros, lanchas,motos, jetskis, pedestres,banhistas.  e outros métodos para se locomover. Também é possível comprar veículos e acessa-los através de estacionamentos.
Há muitas coisas para se fazer no mapa livre, procurar coletáveis, fazer side-quests ou simplesmente andar por essa Hong Kong bem feita e bonita.
O jogo também tem um sistema de "reputação", fazendo ações de policial ou de mafioso você enche uma barra para cada lado que ao completar um nível libera um upgrade.
Também há um aspecto social, é possível ligar para namoradas e outras pessoas e sair para encontros, fazer trabalhos e outras coisas, tudo isso aumenta a sua barra de "face", que quanto maior, mais fácil fazer sua convivência com os NPCs.

Os gráficos são bonitos em sua maioria, sem texturas em baixa definição ou modelagens estranhas, mas há alguns pontos negativos, como queda de quadros por segundo em cutscenes ou as poucas expressões faciais em personagens secundários.Falando de movimentos, a movimentação do personagem também é estranha e nada natural.

Na trilha sonora temos algumas musicas originais que retratam bem o clima oriental, mas na questão de radios dos carros, não temos nada memóravel, e você provavelmente nunca vai decorar alguma radio para ser sua favorita.

Para finalizar eu gostaria de dizer que Sleeping Dogs é um bom jogo, divertido,com personagens bastante carismáticos e que traz uma boa visão de Hong Kong para o mundo dos jogos. Contém uma boa história e jogabilidade, apesar de certas falhas, mas que certamente não tiram todo o brilho do jogo. Se você procura uma diversão descompromissada Sleeping Dogs é um jogo certo pra você, mas se você quer algo que revolucione, certamente esse não é um título que faz isso.
Nota: 9

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Análise - The Walking Dead

O que é mais importante pra você em um jogo, bons gráficos ou uma boa narrativa? O que você acha de um jogo que se preza por contar uma história, deixando o gameplay "de lado"? Até um tempo atrás eu diria que é uma fórmula duvidosa  mas depois de jogar esse ótimo game, aprendi que sim, é possível fazer uma história interativa sem deixa-la chata e tediosa. Vamos lá para a análise de The Walking Dead: The Game

The Walking Dead
Desenvolvedora: Telltale Games
Lançamento:2012 (Foi lançado em capítulos ao longo do ano todo)
Plataformas:PC (Versão análisada), PS3, XBOX360 e plataformas móveis.

O jogo começa aonde o apocalipse da série começa, em Atlanta.Controlamos Lee Everett, um homem que está em direção de um presidio aonde passará o resto da sua vida por ter assassinado um Senador que dormia com sua mulher; durante a "viagem" até a prisão o carro aonde ele estava bate em algo na estrada e cai em uma floresta, o policial que levava Lee até seu destino morreu e em poucos minutos ele voltou como um zumbi sedento por sangue, após mata-lo, o protagonista vê que esse não era o único morto que estava vivo e em uma corrida desesperada acaba entrando em uma casa, aonde depois de pouco tempo conhece Clemetine, uma jovem menina que se escondia na sua casa na árvore; Os pais de Clementine haviam viajado e deixado ela com uma babá, mas essa última já não estava mais entre os vivos... Agora a missão de Lee é proteger Clementine, ao mesmo tempo que tenta se manter vivo em um mundo aonde as coisas normais nem sempre acontecem.
O jogador vai se encontrar com outros sobreviventes, trilhar jornadas para outros lugares, ter de tomar decisões e é claro, estourar alguns miolos de zumbis.
Um ponto bem importante de mencionar é que o jogo é baseado na HQ e não na série de TV (Que eu acredito que seja mais popular, mas na minha opinião, tem uma história mais fraca lol).

O jogo aposta forte nas escolhas do jogador, são elas que decidem quem vai viver ou morrer, além de visitar certos lugares ou criar uma relação melhor entre os personagens e o protagonista, e acredite nesse jogo as escolhas realmente mudam a história, diferente de um certo outro que só promete isso.
E é claro que com para essas escolhas acontecerem o jogo tem de ter bastante diálogo e realmente tem, você vai passar mais tempo criando relações com as outras pessoas ou achando soluções para problemas que ocorreram dentro do outro em vez de ficar matando zumbis... Mas isso não significa que não há zumbis para matar.
Na hora da ação o jogo muda bastante, algumas vezes o personagem anda sozinho e só aparece uma mira para você selecionar aonde o ataque deve ser feito, outras vezes você vai controlar o personagem quase que totalmente movimentando e mirando, aliás essa cenas também são muito frenéticas e fazem o jogador pensar rápido como se fosse ele mesmo enfrentando o zumbi - e isso é um ponto muito positivo! Mas voltando a falar da jogabilidade, também temos partes stealth e shooters, tanto em terceira como em primeira pessoa, mas uma coisa que me incomodou foi que nunca devemos ligar para o número de balas que gastamos, algo que contradiz bastante com o conceito da HQ e da Série.
Basicamente é um point-and-click, mas com o diferencial de suas cenas de ação não serem somente Quick-Time-Events e sim eventos com controle quase que total do player. Temos também puzzles, mas nada muito complicado.

Os gráficos são baseados na HQ e por isso não são uma super produção, mas são ótimos e melhoram ainda mais a partir do capítulo 2, e é claro, no PC há mais opções gráficas como sempre.As expressões faciais são muito boas e convincentes.Outro ponto positivo é o Gore, TWD não tem medo de mostrar violência (Mesmo que seja cartonizada), há cabeças cortada pela metade, tripas sendo arrancadas e cabeças ficando com buracos enormes depois de tiros, é muito bem feito!

Fazia tempo que um jogo não me chamava tanto a atenção na parte sonora, há músicas ótimas, tanto para partes calmas como para agitadas e elas constituem bem o ambiente, fora isso tem a dublagem impecável, principalmente a de Clementine, que na minha opinião é a personagem mais carismática dos games em anos.Os efeitos também são bons e todos convincentes.

O ponto forte do jogo é a relação com Clementine, como o jogador vai tratar ela, como ele vai proteger ela dos perigos do exterior e outras coisas. Para finalizar eu diria que o jogo vale a pena por seu preço, é muito divertido e prende o jogador, é só uma pena que seja um pouco curto, mas com o fator replay das escolhas que causam roteiros diferentes, podemos dizer que TWD merece ser jogado mais de uma vez, com várias escolhas.
No final, esse jogão ganha nota 93!

Aliás, falando em TWD, recomendo a série toda, leiam os quadrinhos e assistam a série de TV, fãs de zombies, drama ou ação, todos vão gostar!
(Eu acho que coloquei imagens demais nesse post lol)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Review - Resident Evil 6

RE é minha série favorita e eu não escondo isso de ninguém, então com isso é claro que eu estava MUITO animado para o lançamento do sexto título da série principal - Que não chega a decepcionar, mas não era tudo aquilo que prometia.

Por onde podemos começar? Ah sim, pela história, afinal eu sempre começo pela história.
Quem conhece a série sabe que os games normalmente apresentam uma história envolvente e bem bolada, com RE6 isso não é diferente.Basicamente o que acontece é um ataque bioterrorista contra o Presidente dos Estados Unidos, em uma Universidade aonde ele faria um discurso revelando para o mundo a verdade sobre Raccoon City - Aparentemente alguém não quer que essa informação seja revelada e manda a cidade inteira de Tall Oaks para o inferno com um ataque outro ataque zumbi (Um gênio não?). Leon S. Kennedy, o protagonista de Resident Evil 2 e 4 é amigo do Presidente e está na cidade quando esse ataque ocorre, além disso uma mulher que seria a guarda-costas do Presidente diz que é culpada por tudo - Agora Leon deve confiar em Helena Harper (Essa mulher) para descobrir o que realmente houve na cidade, e é claro, sobrevivendo a esse pesadelo.
Mas essa não é a única campanha, Resident Evil 6 possui 4 campanhas e as outras podem ser resumidas no seguinte: Há uma guerra na Edonia, um país do Leste Europeu, lá vive Jake Muller, um misterioso mercenário que certo dia foi encontrado por Sherry Birkin (Sim, aquela menininha de Resident Evil 2) e agora sabe que tem um sangue que contém a cura para o C-Virus, que está causando estragos por toda parte, inclusive na Edonia - Enquanto que quase ao mesmo tempo, a BSAA é enviada para conter essa guerra, e é claro, Chris Redfield está nesse grupo, que encontra uma mulher misteriosa, que se apresenta como Ada Wong...
Ao longo dessa história você descobre cada vez mais detalhes, e vai se interessando por ela, e pelo menos eu, não parei até ter acabado toda ela.Mas mesmo com 4 Campanhas MUITOS detalhes ficam faltando, alguns podem ser descobertos através dos files, que dessa vez são desbloqueados depois de destruir certos medalhões ao longo da campanha (Pra mim isso foi mancada da Capcom, custava deixar eles no meio do jogo?). - Basicamente é uma história comprida e interessante, mas que mais se parece com um Spin-Off (Falarei disso mais tarde)

Como eu disse, o jogo tem quatro campanhas, e analisar todas elas juntas é quase impossível, por isso vou falar um pouco da jogabilidade e da evolução de cada uma.
Leon:Posso afirmar com certeza que essa é a melhor campanha - Com muitos zumbis e corredores estreitos, a campanha de Leon traz um pouco dos jogos antigos, mas é claro misturado com o que a série tem de novo. A jogabilidade de Leon é fácil, ele possui uma pistola de inicio, que pode ser usada nas duas mãos, algo bem legal mas não recomendado porque em RE6 as balas e a vida voltaram a ser escassas! Não pense que você vai poder desperdiçar bala, é tudo muito bem calculado e os itens de vida são mais escassos ainda, o que vai fazer você morrer diversas vezes durante a campanha.
Sobre a evolução podemos dizer que esse é o melhor, os zumbis começam bobões no inicio mas depois surgem outras formas, como zumbis pelados, cachorros zumbis, Blooshots - que são zumbis que pulam e irritam pra caralho e outros monstros como um zumbi que grita que eu chamo carinhosamente de "gritão" e também um gordão.
A história dessa campanha também é muito boa e eu recomendo muito ela.

Chris:Eu certamente esperava mais da campanha do Chris, só que ela falha em vários aspectos, apesar de faltar bastante balas e os itens de cura também serem escassos, algumas coisas tiram a graça da campanha de Chris: A jogabilidade fica muito parecida com um cover-shooter e nem há a mesma vontade de jogar como em RE5, fora isso os inimigos dessa campanha - Os Ja'vos são iguais em todos os capítulos , com pouquíssimas diferenças. Pra mim essa campanha se salva pelo grande enredo que trás, que é muito interessante.

Jake:Eu classificaria essa campanha como aventura, e apesar de ser o futuro da franquia, ela ainda falha bastante - Em questão de inimigos é igual a do Chris, com Ja'vos sem graça e sem grande variedade. O que chama atenção aqui é o monstro Ustanak, que seria o novo Nemesis, perseguindo Jake - mas ele não chega a chatear tanto quanto o antigo inimigo e é interessante, mas não passa disso.
Jake Muller é filho de Albert Wesker, mas essa relação é pouco tocada no enredo e fica muito vaga, deixando a imaginar que mais explicações sobre essa ligação aconteçam no futuro.

Ada:A campanha de Ada mistura stealth, ação e puzzles - Algo bem legal, fora isso ela é a unica que enfrenta Ja'vos e zumbis na mesma campanha. Seu enredo é interessante e trás boas respostas.

Como a jogabilidade muda com cada personagens eu posso dizer resumidamente que a nova câmera é legal e não me atrapalhou nada como aconteceu com outros reviewers. A quantidade de QTEs não é nada exagerada apesar de alguns serem mal programados e acontecerem de rapidamente e começarem do nada.
Contudo minha maior crítica seria a alguns momentos aonde a câmera fixa a alguma cena enquanto você está em combate e não permite que você a controle, isso estraga muito a diversão.
Outra coisa que atrapalha é a linearidade, em alguns momentos temos barreiras invisíveis que nos impedem de explorar o local - Isso nunca havia ocorrido na série e torna RE6 o game mais linear da série até agora.
Um ponto que deve ser lembrado são os veículos, agora Snow mobiles, motos, jatos e helicópteros são controlados em momentos do game, e esses veículos tem uma fácil jogabilidade, o que adiciona pontos ao gameplay.

Os gráficos são instáveis, se por um lado temos protagonistas super detalhados, temos muito NPCs que parecem ter saído do PS2, sem detalhes nenhum, fora isso os cenários contém muitas texturas em baixa definição o que chega a desanimar, aliás sobre os cenários, eles também são instáveis, algumas horas temos cenários gigantes bem detalhados e com certo nível de exploração, e por outro lado temos corredores retos com texturas horríveis.
As sombras são ruins no começo do jogo, elas tem bordas pixeladas e são estranhas, isso faz parecer com que o personagem tenha uma aura em volta dele, e outro problema que aparece é que os personagens refletem a luz, o que os tornar brilhantes e até engraçados.
As expressões faciais melhoraram do RE5 para esse, e outros detalhes legais também foram adicionados, como suor e sujeira.

A trilha sonora está entre uma das melhores da série, misturando ritmos calmos e tensos com musicas eletrônicas e outras batidas mais agitadas. Aqui está o link para algumas das minhas favoritas.
http://www.youtube.com/watch?v=J9NEoOCj73o&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=cxXjlTKCf50&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Pru737OSsp4&feature=BFa&list=PL3224522D81C9D017
Aliás falando de som, tudo na parte sonora é muito bem feito nesse game, e o resultado e incrível quando você joga com fones de ouvidos.

Em questão de conteúdo extra, RE6 tem o já clássico modo Mercenaries, que ficou muito mais divertido graça a nova jogabilidade, mas que peca pela falta de mapas e de personagens interessantes, se limitando somente a trazer Carlas Radames de diferente dos personagens jogáveis na campanha.
Uma nova adição é o modo agent hunt, que coloca o gamer na pele de uma criatura em uma campanha online de outra pessoa, e seu objetivo é trollar o game dessa outra pessoa, o que é incrivelmente divertido apesar da difícil jogabilidade (Mas se tivesse uma jogabilidade fácil, imagine que ruim seria pra pessoa que ta sendo caçada).
Fora tudo isso existe a RE.net, uma rede social que permite que você libere certos DLCs no game utilizando os pontos que você ganha por cumprir certas especificações, algo que eu achei bem legal.
RE6 também trás alguns dos momentos mais memoráveis da franquia como o encontro entre os protagonistas Leon e Chris, além dos crossovers, momentos aonde até quatro jogadores online, cada dupla em uma campanha, se encontram em alguma parte do game.

Como eu falei anteriormente, o jogo se parece um grande spin-off com trama desconexa do resto da série, com seu próprio inicio, meio e fim.
Minhas considerações finais são de que o jogo é muito divertido, comprido e variado, mas peca nos gráficos , que na minha opinião são inferiores ao de seu antecessor e também algumas vezes a jogabilidade estraga um pouquinho da jogatina. RE6 tem vários problemas, mas as suas características positivas superam seus defeitos. Ele não é o jogo ótimo como os trailers mostravam, mas não deixa de ser um bom jogo com alta dificuldade, que trás certos conceitos antigos a tona - e que na minha opinião, merece nota 8,5

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Review - Dragon's Dogma!

Dragon's Dogma
Desenvolvedora: Capcom
Gênero: RPG
Plataformas:PS3/ XBOX 360 - Versão analisada : PS3

Ah Capcom, minha desenvolvedora favorita, uma empresa de muitas marcas, caras e gêneros, uma empresa que pensa em investir em novas franquias, como é o caso de Dragon's Dogma.
Dragon's Dogma é um RPG de ação que mistura elementos ocidentais como criação de personagens, mundo gigantesco e exploração de dungeons, com elementos orientais tais como personagens carismáticos, exploração que se expande ao progresso dos níveis e história "louca". Para uma introdução eu diria que DD é um RPG interessante, longe de ser perfeito, mas um dos melhores da geração.

A história é simples no inicio e tem um progresso lento.Basicamente, é a seguinte: Um dragão atacou a sua vila e comeu seu coração, agora você é o herói destinado a combater o Dragão e trazer paz para Gransys, a terra do jogo.
Mas apesar de simples e de lenta progressão a história se mostra nada clichê e até inovadora em seus momentos finais, se tornando diferente e divertida de tudo que temos na industria.

Eu diria que o grande mérito de Dragon's Dogma são as quests, elas tapam os buracos que a história deixa, pois são divertidas e nunca te levam ao mesmo lugar duas vezes, fora isso existem quests épicas, como a tomada do Shadow Fort, que divertem o jogador.
Sobre as side-quests, eu gosto do modelo que elas seguem, sendo liberadas aos poucos como você progride na quest principal, e sempre trazendo um beneficio diferente para o player, o que o incentiva a fazer todas.
Sobre o tempo de gameplay, ele pode variar de acordo com cada pessoa, eu vi pessoas que terminaram com cerca de 20 horas, mas eu como fã de RPG e grande explorador terminei o game em cerca de 50 horas - Isso falhando em algumas side-quests.

Na jogabilidade temos uma grande variedade, sendo 9 classes (Se não me engano), que variam das básicas até versões "avançadas" dessa e mistura de outras. Com tanta variedade é criada uma jogabilidade bem diferente, aliás mesmo se um amigo seu ter uma classe igual a sua, é provável que os personagens tenham habilidades diferentes, porque é possível usar três habilidades de ataque que mudam como o player desejar.
A exploração do mundo é bem legal e diferente de certos outros títulos que só tentam criar um mundo massivo, DD possui um grande mundo, mas que pode ser explorado totalmente, sem medo de deixar nada para trás, a única coisa que me decepcionou foi o mundo ter só duas cidades... Mas a variedade de locais deixa isso não ficar tão evidente.

Apesar de alguns gamers compararem Dragon's Dogma a Dark Souls em nível de dificuldade, eu particularmente não sofri muito com isso - DD segue o básico de qualquer RPG, devemos upar, ter uma boa party, ter bons equipamentos e é claro, estar com a mochila cheia de itens de cura, fora isso o jogo também tem um sistema de escalada que torna as lutas mais interessantes, ele não funciona tão bem quanto em Shadow of the Colossus, mas é útil depois que se pega o jeito.
O bestiário de DD é algo que merece respeito, afinal ele tem as mais clássicas criaturas mitológicas e também outros inimigos "comuns" como bandidos e zumbis.

Na parte gráfica o game agrada mas não se destaca, são cenários belíssimos, mas já foram superados; Um aspecto que eu gostei bastante foi do movimento da vegetação e da poeira, bem bonitos nesse jogo.
As sombras são boas em lugares abertos, mas em Gran Soren - Capital do jogo, por exemplo elas decepcionam e a cidade parece bem morta a qualquer momento do dia, ainda falando da capital não podemos deixar de falar que apesar dela ser tão grande é decepcionante que a maioria das casas de lá estejam de portas fechadas, o que não incentiva a exploração.
Na parte sonora Dragon's Dogma possui poucas trilhas, mas algumas ficam na cabeça e certamente marcaram o game.

Um grande trunfo de Dragon's Dogma é o sistema de pawns, NPCs que formam a sua party. Você tem um pawn principal que é criado no começo do game e  acompanha você pela aventura inteira, e pode o player alugar até dois outros, que são os pawns de outros gamers, quando isso acontece, os pawns aprendem sobre novas quests, novos inimigos e muitas outras coisas que levam consigo para o seu "dono". É um sistema bem interessante, que realmente te ajuda e não irritante - aliás algumas frases dos pawns grudam na cabeça de tão engraçadas que são.

No final do game Dragon's Dogma apresenta a everfall com mais conteúdo para ser explorado, além disso algumas mudanças ocorrem e há um altíssimo fator replay, já que a próximo aventura será mais fácil devido ao conhecimento adquirido na primeira e também por causa do seu level, que será carregado nesse novo mundo.
Para finalizar eu gostaria de dizer que apesar de não ser o jogo perfeito, eu me diverti MUITO com Dragon's Dogma, e espero que ele realmente vire uma franquia - Apesar de não ser um jogo AAA podemos   dizer que é um dos melhores do ano, e provavelmente um dos melhores da geração

Nota:

Aliás, fiquem ligados, semana que vem sai o review de Resident Evil 6 ;)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dupla análise - Resident Evil Retribution e Resident Evil Damnation.

Olá pessoal! Hoje eu vim trazer uma análise dupla, sobre os dois filmes de Resident Evil que saíram esse mês, Resident Evil :Retribution (Retribuição) em Live Action e Damnation (Danação Condenação) em CG. Irei primeiramente falar do filme em Live Action.

Resident Evil 5: Retribuição é a continuação da saga de Alice contra a Umbrella Corporation.Dessa vez Alice está presa em uma base subaquática de onde deve fugir com a ajuda de Ada Wong, ao mesmo tempo em que é perseguida por Jill Valetine. Vou começar falando do óbvio, o roteiro, que está simples e vazio como os dos filmes anteriores, parece que tudo ali é só uma desculpa para as cenas de ações estarem acontecendo.Há sim ideias interessantes, mas mau desenvolvidas, como o motivo da Umbrella ter uma base secreta, entre outras coisas, mas as falhas no roteiro aparecem mais do que os pontos positivos, o que cria um filme raso com base em cenas de ação.

Sobre os personagens podemos falar de retornos desnecessários com clones de antigos personagens, Carlos e One por exemplo, não tem importância nenhuma na trama e poderiam não existir, já que só aparecem em cenas de ação e pasmem, o clone "malvado" de Carlos não tem nem se quer uma frase no filme todo.Um bom retorno foi o de Rain, a personagem que agora aparece em duas versões, traz uma carga diferente ao filme e foi bem trabalhada, tanto a versão boa quanto a versão má.
Sobre os novos personagens podemos dizer que Ada Wong é espetacular, mas o roteiro não convence , já que não traz a mesma espiã "vadia" com sorrisos irônicos e personalidade dupla.Leon Scott Kennedy não tem nada em comum com sua parte no jogo além das roupas, e diferente dos games aonde há uma relação tensa com Ada, nesse filme ele é totalmente apaixonado pela espiã e não tem medo em demonstrar isso; Já Barry Burton vem em uma atuação incrível com a mesma entonação de voz do personagem dos games, além disso ele também conta com piadas e um "momento magnum", no qual ele utiliza a sua arma favorita, mas apesar da boa atuação e de cenas legais, esse Barry ainda está longe de ser o paizão dos games mas mesmo assim ainda é um bom personagem. Já Luther, personagem do longa anterior, não tem importância nenhuma na trama e poderia facilmente ser descartado.

Jill Valetine que deveria ser o ponto alto do filme aparece como mera coadjuvante e apesar da atuação competente, ela não convence e pouco lembra a versão dos games, além disso não é explicado nada como ela foi capturada pra Umbrella, para que e coisas do tipo, criando uma Jill totalmente rasa.
As cenas de ações são legais em algumas partes como o começo, mas ficam repetitivas depois de um tempo, afinal já estamos há 5 filmes vendo uma protagonista overpower chutando zumbis ao som de música eletrônica e Rock N' Roll, além disso, Alice como protagonista absoluta que não precisa de ajuda dos outros personagens é muito ruim, eu particularmente odeio essa soberania da Alice sobre os outros personagens. Outra coisa que irrita são os ângulos aonde objetos são jogados para tela para "aproveitar" o efeito 3D, e isso vem acompanhado de muito slowmotion, o que faz o filme parecer um reaproveitamento muitas vezes.

Com um roteiro horrível, boas cenas de ação mas exageradas, REtribuição é bom para quem gosta de filmes com protagonistas soberanos, tramas rasas e muitas cenas de ação, mas para os fãs dos jogos que há anos anseiam que os filmes acabem, "RE5" é totalmente decepcionante e descartável, sendo na minha opinião um dos piores da franquia.
Nota: 2/10


Análise - Resident Evil Danação Condenação

Os fãs da franquia de jogos podem comemorar, pois a Capcom em parceira com a Sony Pictures desenvolveu mais um filme em CG, sucessor espiritual de Degeneração e prequel de RE6, RE:Condenação é mais um filme fiel aos jogos e que faz parte do canon principal da franquia, e eu aviso desde já, o filme é MUITO BOM!

A trama se desenrola entre uma guerra civil na república Eslava do Leste, a guerra é entre os separatistas chamados de exército da liberdade e o governo local, Leon Scott Kennedy é levado para lá no que deveria ser suas férias, e quando há notícias de que armas biológicas estão sendo usadas na guerra, ele não tem outra escolha se não ficar e descobrir quem está por trás da distribuição de tais armas.
O roteiro é muito bem escrito e prende o público, com uma trama independente dos jogos mas ao mesmo tempo fiel a série.Nesse filme vemos ganados como em Resident Evil 4, causados pelas plagas (Aliás, os poucos momentos com ganados nesse estrupam totalmente as cenas com ganados dos filmes de Paul Anderson), e esses ganados são bem competentes, melhores que os zumbis que tínhamos em Degeneração, aliás a cena com a plaga saindo da cabeça de um é espetacular.

Falando das cenas, há momentos calmos e de tensão, mas que não chegam a dar medo , mas há também grande combates embalados por músicas mais agitadas que são bem legais e não exagerados como nos Live-Actions.Esse filme também é 3D, mas não exagera nos cortes para "jogar na tela", nem no slowmotion, além do mais, as cenas de luta são bem feitas e os movimentos soltos não lembram em nada os travados do seu antecessor, o Degeneração.

Há muitas referências a games anteriores e também há muitos conceitos novos, sendo bem utilizados e fazendo nós pensarmos sobre o futuro da série. No quesito gráfico RE Danação é muito bonito com texturas que se destacam principalmente nas cenas diurnas, mas um problema ainda presente é a falta de boas expressões faciais para os personagens, principalmente para Leon Scott Kennedy que aparece com expressões duras e que tem pouca variação.
Os novos personagens introduzidos são muito bons e tem o carisma dos personagens dos games, não há nenhum com pouca relevância na trama, todos são parte de um grande conjunto que ocorre.Nesse quesito podemos destacar Buddy o "parceiro" de Leon, que foi um personagem muito bem aproveitado e Stvelana (Acho que é isso LOL), a Presidente do país aonde o filme se passa;ambos os personagens são bem desenvolvidos e interessantes.

Por fim eu digo que é um filme muito bom, que prende o espectador e traz uma boa visão para o futuro da franquia, além de personagens muito bem trabalhados e cenas incríveis com as mais diversas armas biológicas. Para mim esse é o melhor filme de Resident Evil até agora, superando seu sucessor, o Degeneration
Nota: 9/10

É isso pessoal, depois eu vou postar uma análise sobre as duas demo de Resident Evil 6, até mais!
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