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By Ferramentas Blog

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Análise - The Last of Us

De tempos em tempos surgem promessas, jogos que querem mudar a indústria, trazer um outro olhar para a indústria, mostrar que os games já amadureceram e que eles podem e são melhores que o cinema, que os livros ou outra forma de arte. The Last of Us é um desses, um jogo que vem das mãos da talentosa Naughty Dog, que já entregou a maravilhosa franquia Crash para o mundo e que agora, explora ares mais adultos, mais adultos até que Uncharted, sua outra série "realista."

The Last of Us
Desenvolvedora: Naughty Dog
Lançamento:14 de Junho de 2013
Plataformas:PS3 (Exclusivo)

Apocalipse zumbi, ah, um tema já explorado demais em todas as mídias não é mesmo? Mas o que acontece se você pegar esse tema e dar o seu próprio toque e criar coisas únicas? TLU aposta nisso.
Os zumbis são causados por um fungo chamado Cordyceps, que ataca o cérebro do hospedeiro, nesse caso, os humanos.O Cordyceps se espalha pelo ar o que o torna ainda mais mortal do que um vírus comum, e não para por aí - O fungo com o passar do tempo causar diversas mutações no hospedeiro, criando inimigos ainda mais mortais, tais como os Clickers (Estaladores).
E é em um mundo desvatado há 20 anos por esse fungo que se passa TLU - Joel, o protagonista, vive em Boston, numa zona de quarentena, um lugar mantido pelo governo que "ajuda" as pessoas a sobreviverem nesse mundo. Sem dar spoilers, eu posso dizer que algo inesperado acontece e o herói cruza seu caminho com Ellie, uma garota de 14 anos e juntos eles tem de cruzar os Estados Unidos... Enfrentando mortos e vivos, muito bem armados.
Há quem diga que o maior trunfo de TLU é a sua história e eu não discordo, é um jornada gostosa e demorada, que vale muito a pena, eu recomendaria jogar com paciência, ir conhecendo as pessoas aos poucos, ir passando um momento por dia, é algo que realmente vale a pena.

Se o game se destaca na história, na jogabilidade ele não é tão inovador assim, claramente baseado na engine de Uncharted, TLU aposta numa fórmula de Stealth+Tiroteio, sendo possível agir das duas formas na maioria das vezes, aliás, um ponto positivo que vale ressaltar é que os cenários são enormes e totalmente exploráveis, isso gera uma jogabilidade não linear, é possível matar um inimigo de diversas maneiras diferentes e em locais diversos, algo bem legal e que eu espero que mais jogos utilizem.
Mas nem tudo é rosas, ainda há a modinha da sétima geração aqui, os murinhos, onde se pega cover e espera um inimigo levantar para poder atirar, entende? Mas nem sempre tudo se resolve na bala, apesar da mecânica de tiro ser bem variada fazendo machucados diversos e mortes grotescas (Além de que, Joel pode tremer muito a mira em um momento de ação, outro ponto positivo) também é possível resolver as coisas na porrada, algumas vezes pode até ser mais fácil, mas em outras você simplesmente será trucidado se tentar socar um Estalador.
É possível mixar itens e armas, não há uma grande variedade dentro do jogo, mas o que está possível lá é bom e variado, também pode-se upgradar Joel achando coletáveis pelo mundo.

Talvez Ellie seja um ponto que deva levar seu próprio parágrafo para ser discutido. - A garota, protagonista da trama, adiciona um outro balanço no game. Ela não atrapalha o jogo como a odiada Ashley de Resident Evil 4, mas, também são poucos os momentos em que ela ajuda, na verdade, qualquer personagem secundário sempre ajuda, fazendo Ellie não se destacar nesse termo.
Na história é que podemos dizer que ela brilha, ela é a conexão entre Joel e o que ele faz, apesar de que eu achei meio mal aproveitada a história dela nascer depois do apocalipse - São poucos os momentos em que ela vai perguntar para Joel como era e para que servia tal coisa, ela simplesmente parece saber de tudo, como alguém que vive o apocalipse desde o inicio, eu particularmente achei isso uma falha ruim, e que poderia ter sido explorada de uma maneira positiva, mas que acabou sendo um mero detalhe.
Por outro lado na história geral, ela cresce e tem um protagonismo elevado, Ellie é uma garota forte e em diversos momentos de gameplay mesmo, você vai ver que ela foi bem programada e age realmente como uma garota de 14 anos, bem convincente, nesse ponto a ND acertou em cheio.

Na parte gráfica, The Last of Us mostra que o PS3 é certamente o console mais poderoso da geração, com gráficos belíssimos , sem exageros, talvez sejam o melhor da geração para algum console.
As modelagens, o sistema de luz, as texturas, está tudo muito belo... Aliás, as texturas são um show a parte - Prédios inteiros são cobertos por alta definição e quase nunca se vê um objeto com menos detalhamento, é tudo belo, como quando você coloca um game no PC com os gráficos no High, e isso é inacreditável.
Mas apesar dos bonitos visuais, TLU sofre com serrilhados em objetos distantes as vezes, não que isso estrague o visual, mas é algo que se nota, pois são serrilhados enormes.

As músicas são compostas por um xará meu - Gustavo Santaolla, e são calmas na maioria das vezes,baseado em toques de violão e música country, mas tudo de uma maneira calma, que vai lhe deixar no clima do game pós-apocaliptico, aliás, as trilhas combinam bem com o personagem Joel.
Um ponto alto é a dublagem em português, a Sony finalmente contratou atores de alta qualidade, Joel, Tess, Tommy são todos dublados de forma esplêndida mas a minha favorita fica com a Ellie... Como não é uma atriz conhecida que faz a voz dela, fez se tornar único, é uma voz doce e que encanta, a menina é convincente e adorável, particularmente, é a minha voz favorita do jogo. 
Olhando de outra maneira, é meio decepcionante as vozes de outros personagens secundários, sem vida e parece que foi lido, e são muuuuitos personagens NPCs secundários e terciários que sofrem com isso, e até alguns importantes, o que pode atrapalhar na versão brasileira.

O jogo vale a pena? Certamente, agora se você vai se divertir ou se emocionar com ele, isso eu não posso prometer, vai de cada um.
Eu gostei muito da jornada que vivenciei, mas já vi muitas outras melhores nos games, e talvez por já ter vivido tantas emoções... Não consegui me emocionar com a história, é claro que é boa, mas o sentimento de viagem, de alcançar algo é mais chamativo que o drama e a felicidade.
Eu demorei a fazer esse review, justamente por isso, eu não sei se eu gostei do jogo ou não, por um lado, eu vi um jogo de zumbis não muito emocionante e até repetitivo, mas por outro vi uma jornada linda e espetacular feita por uma das melhores desenvolvedoras da atualidade.
O que TLU é, fica para você, mas eu não tenho como negar que é um jogo muito bem feito.

Nota: 95

Um comentário:

  1. O meu tá a caminho e tô cheio de expectativas, além da história os detalhes dos cenários também me conquistaram. Só tava em dúvida se jogaria primeiro com a dublagem ou só com a legenda, é bom saber que a dublagem é bem feita lol

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